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-- 5 Minutos Num Trem A Vapor -- Parte II --

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-- Ensaio de Conto -- -- Ensaio Nº0000 -- -- 5 Minutos Num Trem a Vapor -- -- Parte II -- Naquele momento, todos pararam com suas conversas e ocupações, fumos e drinques, viraram seus rostos e olhos cheios de desdém, claramente demonstrando incômodo quanto à perturbação causada pelo estado de Heyler. Ela recebia aqueles olhares com intensidade demais para o próprio gosto; seu coração começara a bater ainda mais depressa, suas orelhas começaram a arder, seus olhos focavam em todos os outros olhos a encarando – e aquilo era muito assustador, pois Heyler costumava ser discreta desde que muitos olhares a deixavam ansiosa; era tão assustador que Heyler mal conseguia segurar sua postura sentada; então suas mãos amoleceram, suas costas perderam a firmeza e Heyler simplesmente caiu sobre o braço do banco do trem, como massa de pão, toda a molecida antes de ir para o forno. Clanfer a encarou com um rosto descomplicado, produzindo uma expressão facial de um irmão mais velho olhand

-- 5 Minutos Num Trem a Vapor -- Parte I --

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-- Ensaio de Conto -- -- Ensaio Nº0000 -- -- 5 Minutos Num Trem a Vapor -- -- Parte I -- Numa sexta feira nublada de agosto, às 6:45, Heyler chega à estação e segue para a plataforma 4 em direção ao metrô. A intenção é a de visitar a avó, passar o final de semana e ajudá-la com algumas coisas, a pedido de sua mãe; Heyler acordou cedo o suficiente para ainda estar com sono e pretendia tirar um cochilo durante a viagem, que poderia durar de 20 a 30 minutos. Ao passar o pé esquerdo da plataforma ao trem, um homem de meia idade, usando estranhos e redondos óculos escuros, usando uma cartola velha com um cachecol verde enrolado na cartola, lhe entrega um conselho sem o menor aviso: – É melhor não dormir neste trem, por segurança. – Diz o homem sem esboçar a menor expressão facial. – O que? Porque? – Questiona Heyler, em voz alta com certo espanto – "Ele sabia que eu pretendia dormir?" pensa Heyler consigo – Não, não é possível; alguém deve ter sido roubado ou